30 Apr 2012

27 Apr 2012

Sempre

Não me lembro de um 25 de Abril assim, com este céu, esta chuva. Uma tristeza difícil de sacudir num dia de festa. Mesmo assim, milhares de pessoas estiveram lá, à chuva. Cada uma com as suas razões, claro. Atrevo-me a pensar que todas celebravam, pelo menos, a liberdade de escolhermos o nosso futuro. 

A M., triste pela chuva e pelo excesso de roupa que lhe tolhia os movimentos, dizia que no próximo ano ia estar Sol, tinha a certeza. Que mais temos senão esperança? Que melhor dia para a celebrar?


15 Apr 2012

14 Apr 2012

Steady

Quase quatro semanas depois, a vontade de fumar é a mesma. O que muda é a urgência de não o fazer, essa vai desaparecendo. Adoro as formas que temos de nos enganar, a tentação (cada vez maior) de fazermos batota connosco próprios.

E é isto

Na ausência de alternativa, o inaceitável torna-se o quê?

10 Apr 2012

Modus

Escrevo uns parágrafos. Vão caindo primeiro frases, depois palavras. Quando acabo resta o cursor.

8 Apr 2012

diálogos pascais

personagens: bisavó, 83 anos; madalena, 5 anos.

- para onde vais avó?
- vou à missa, madalena.
- outra vez?? ainda ontem foste.
- sim, outra vez.
- não pode ser, avó. dois dias seguidos é demais. porque vais tantas vezes?
- porque me quero salvar e ir para o céu quando morrer.
- ó avó... (enquanto rebola os olhos). as pessoas quando morrem vão para o cemitério...!