16 Apr 2004
Excerto da crónica de Vasco Pulido Valente no DN de hoje, sobre George W. Bush:
"(...) Mas, pouco a pouco, vem uma dúvida. Bush parece sincero, ingénuo, quase inocente. Olha para nós com olhinhos brilhantes de boneca, sem profundidade e sem malícia. Fala com uma convicção de adolescente. E, por mais que se queira, não se pode evitar a suspeita terrível: será que ele acredita naquilo? Será que não vê diferença entre o Iraque e a Alemanha e o Japão? Será que imagina realmente, na sua pequenina cabeça, um Iraque arrumadinho e rico, muito respeitador do Estado de Direito? O estereótipo do americano ignorante e simplório já passou de moda. Só que, de repente, ele está ali, na Casa Branca, com o seu ar simpático e bonzão, a preparar uma catástrofe. Um Bush cínico, um Bush hipócrita e mentiroso como Blair não meteria medo. Este Bush mete medo."
Se me é permitido, mais assustador ainda é a quantidade de pessoas que defende as acções e a política de GWB no Médio Oriente, como se fossem a única via, classificando todas as outras opiniões de má-fé. Cada vez me convenço mais de que não há hidden agenda na política norte-americana e dos neocons. Há apenas um excesso de arrogância intelectual e cultural que, como sempre, degenera em estupidez.
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