27 Jun 2004

E a alternativa?


Perguntam-me. Respondo que a última razão pela qual se pode justificar a não convocação de eleições antecipadas é pelo receio do que poderá sair dessas eleições, i.e., uma vitória do PS ou uma maior instabilidade devido a um maior equilíbrio das forças políticas. Os receios (de certa forma justificados, penso) do que for decidido em eleições livres não têm lugar na discussão sobre legitimidade política.

Continua a ser para mim evidente que a única forma do próximo Primeiro-Ministro da República Portuguesa ter a legitimidade necessária ao exercício da governação é ser escolhido em eleições legislativas (e sim, é para escolher um Primeiro-Ministro que servem eleições legislativas). É grave, demasiado grave, o governo do nosso país ver a sua legitimidade democrática contestada. É exactamente o que vai acontecer se a escolha de quem vai ser o novo Primeiro-Ministro de Portugal for feita pela comissão nacional de um partido político.

Não posso, assim, pedir outra coisa:



PS: mais uma vez obrigado ao Barnabé pela imagem.

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