29 Jun 2004
Efeitos colaterais
Hoje fui assistir ao último "É a cultura, estúpido!", no Teatro São Luiz. Para a ultima sessão prometia-se escolher e comentar os piores filmes, livros e discos dos primeiros seis meses de 2004. Com o elenco do costume (mesmo se este tem a pecha de incluir quem ja leu a Odisseia em grego sem saber grego) e com o interesse reforçado do programa das festas, não podia deixar de assistir, vendo-me obrigado a preterir a manifestação política em favor da manifestação cutural.
Bem arrependido estou. Com alguns, poucos, laivos de brilhantismo pelo meio (podem ler um deles aqui, da autoria do RAP), a sessão foi-se desenrolando, quase penosa. Claramente aquelas cabeças não estavam ali e o calor também não ajudava nada. Mesmo a capacidade de dizer mal do trabalho alheio parecia submetida às inquietações políticas e, provavelmente, também futebolísticas.
O fim do "É a cultura, estúpido!" merecia muito melhor. A culpa é, claro, do Baboso, perdão, do Barroso. Que lixe o país, ainda é como o outro. Agora que estrague uma das poucas manifestações culturais que vale a pena é que não se admite.
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