7 Jan 2005
Constâncio ao DN
«Chegou a hora da verdade para reduzir o défice». O País tem um prazo de três anos para colocar o saldo entre as despesas e receitas estatais «claramente» abaixo dos 3,0% do PIB, sem ajuda dos milhões de euros em receitas extraordinárias.
(...)
Sem as medidas extraordinárias, «o défice orçamental anual de 2003 a 2005 situar-se-ia em torno dos 5,0% do PIB», afirma Vítor Constâncio. «É estranho», afirma, «que se possa pensar que seria possível continuar a encontrar todos os anos receitas extraordinárias no montante de mais de 2,0% do PIB». Qualquer coisa como três mil milhões de euros, o equivalente ao custo de duas pontes Vasco da Gama.
Deixem-me reforçar. É estranho que se possa pensar que é normal a existência de défices. Os políticos (e os economistas, se calhar, com uma responsabilidade especial) têm de perceber e explicar que podem (e devem) existir défices em momentos de maior dificuldade económica. Mas estes têm, necessariamente, de ser compensados com superávits em anos de crescimento económico.
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