(Ou post de elogio à vidinha, Ou ainda Conservadorismo 101)
Eu, que pouco sei de latim, vi, no entanto, o Clube dos Poetas Mortos. Ainda por cima numa idade muito impressionável (o que, sendo sincero, no meu caso, não destingue nenhum período específico já que, felizmente, mantenho até hoje intacta a minha impressionabilidade).
De qualquer forma dei por mim a pensar no carpe diem e no "sugar o tutano da vida" e em todas aquelas frases que nos "mandam" viver cada dia como se fosse o último. Ora, os lemas deste género criam uma óbvia insatisfação (bonito português...) por gerarem expectativas que, de todo em todo, não são concretizáveis (só conheço um exemplo de uma pessoa que aplica à séria estas máximas e tenho sérias dúvidas de que seja feliz). Mais, tenho a convicção de que é necessária a modorra, a rotina, a segurança para sermos felizes. E sim, isto da vidinha (a vida pequenina das máquinas de lavar roupa e dos cortinados que estão sujos e da reunião com o cliente que é um chato do caraças ainda por cima ignorante mas o que é que eu fiz para merecer isto) dá um trabalho impressionante. E ocupa. Física. Mentalmente. Muito.
E ainda bem, porque cada vez mais, sinto que é a base. A partir da qual me posso atirar, então, ao tal "tutano".
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