Chego ao Centro de Saúde. Tiro uma senha. Dirijo-me ao guichet. Entrego o boletim de vacinas da Madalena. Espero. Continuo à espera. Mais um bocado.
Decido reclamar. Dizem-me que não entreguei o boletim de vacinas. Refuto. Chegam à conclusão que não sabem onde está o boletim (embora admitam que o receberam). Afirmam que outro pai/mãe o deve ter levado. Menciono (a medo) que a responsabilidade de guarda do boletim é deles a partir do momento em que o entrego. Ficam surpreendidos. E vagamente ofendidos. "Não podemos ter os olhos em todo o lado", ouço.
Não há diálogo possível com esta gente. Foram vacinados contra a culpa.
Decido reclamar. Dizem-me que não entreguei o boletim de vacinas. Refuto. Chegam à conclusão que não sabem onde está o boletim (embora admitam que o receberam). Afirmam que outro pai/mãe o deve ter levado. Menciono (a medo) que a responsabilidade de guarda do boletim é deles a partir do momento em que o entrego. Ficam surpreendidos. E vagamente ofendidos. "Não podemos ter os olhos em todo o lado", ouço.
Não há diálogo possível com esta gente. Foram vacinados contra a culpa.
3 comments:
agora os CS já têm livro de reclamações. não sei se serve de alguma coisa a não ser para perdermos mais 10 minutos de vida a preenchermos um papel. mas quem sabe...
Devo dizer (eu sei que é lateral ao post) que tenho a melhor das experiências com o sistema nacional de saúde no que respeita à obstetrícia e à saúde infantil. Descobri que esse sector funciona, apesar das dificuldades materiais (atrozmente visíveis), muito muito bem, como gostariamos que funcionasse todo o SNS. Em boa medida, parece-me, pela dedicação (sobretudo) do pessoal de enfermagem pediátrica. Hooray for them!
Quanto ao post, vacinados contra a culpa é brilhante, é isso mesmo que sinto na maior parte do contacto com serviços de atendimento ao público.
Como eu te compreendo... Quando encontramos um bom, vêm logo dois a seguir comprovar a teoria. Funcionários públicos, o meu preconceito...
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