14 Jun 2011

Tempo

Mais tarde ou mais cedo, algum dos países periféricos vai mandar, via eleições, os planos de austeridade às urtigas. Não é uma questão de um default ter menos impacto na vida das pessoas do que os planos de austeridade. Não tem. A acontecer, será bem mais violento. Mas os planos feitos pelas autoridades internacionais têm o tempo a correr contra eles. Demoram anos a fazer efeito, algumas das medidas não são nada lineares em termos de sucesso, é tudo para o longo prazo.

No curto-prazo temos a diminuição do rendimento disponível, economias em recessão imediata e o desemprego a subir ou manter-se em níveis altos. Um ano disto, dois anos disto, e depois? O argumento "tem que ficar pior antes de melhorar" só funciona no curto-prazo.

Na falta de uma solidariedade europeia, que cada vez mais se verifica não existir, vamos ficar surpreendidos quando estivermos a olhar para o colapso da UE?

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