A Moody's diz, resumidamente, três coisas:
1) A deterioração da situação na Grécia pode vir a ter consequências graves para Portugal e continua a não existir uma solução sistémica por parte da Europa para o problema da crise de dívida soberana.
2) As medidas contidas no memorando de entendimento têm um elevado risco de execução e não é claro que tentem resolver no longo-prazo o principal problema da economia portuguesa: o fraco crescimento económico (no curto prazo, estas medidas são obviamente recessivas).
3) O grau de alavancagem do sistema financeiro português é uma potencial preocupação acrescida para as contas públicas portuguesas.
Tenho as maiores reservas relativamente ao actual papel das agências de rating no sistema económico global, nomeadamente em relação às profecias auto-realizáveis. Mas dizer que não existem argumentos para um corte de rating (a dimensão do corte é outra discussão) pertence à já típica estratégia do pensamento mágico.
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