27 Jan 2005
Auschwitz
Há 60 anos, o campo de concentração de Auschwitz era libertado pelo Exército Vermelho.
Para não nos esquecermos do que o género humano é capaz.
26 Jan 2005
A análise
Bom derby, equilibrado, com a melhor equipa a demonstrar, ainda assim, superioridade perante um SLB mais aguerrido do que seria de esperar e a jogar em casa.
Apenas decidido num teatro reles de um jogador sem nível.
Olha o mito urbano
O défice orçamental do subsector Estado ascendeu aos 7,10 mil milhões de euros em 2004, o que representa um agravamento de 10,1 por cento em relação a 2003. Este valor, de acordo com a DGO, corresponde a 5,3 por cento do produto interno bruto (PIB) estimado para 2004.
in TSF.
Não era suposto o PSD (lembram-se da Manelinha) ser mais rigoroso nas finanças públicas do que o PS? Para quando o PDZ (Partido do Défice Zero)?
25 Jan 2005
Tragédia
"Perhaps, however, the real miracle at Starbucks is that the company created a market for the $3.50 cup of coffee. Is there a market for a $5 cup?"
Financial Times, 25 de Janeiro
Em Portugal, desgraçadamente, não.
Campanha
Entre a confirmação da vacuidade de Sócrates, a confirmação da estranha preferência de Santana por metáforas que envolvam crianças, a confirmação da arrogância moralista do Bloco de Esquerda (e não só do seu chefe). Novidade, só o estilo virgem ofendida de Portas (e não, não é um comentário que possa ter segundo sentido, actualmente nunca se sabe). Ah, e confirma-se também que Jerónimo de Sousa deverá ser, para o seu eleitorado, muito mais convicente do que Carvalhas.
Sem novidades, portanto. Excepto no voto.
24 Jan 2005
Olha, mais um teste
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Sem surpresas (via O Pastelinho).
21 Jan 2005
De fora
Aparentemente o pais continua animado. O acontecimento mais importante dos ultimos dias, pelo menos na blogosfera, parece ter sido um frente a frente entre Francisco Louca e Paulo Portas, como se pode ler aqui ou aqui.
Bem sei que este meio tem tendencia para dar destaque a coisas pequenas. Mas tambem escusavam de exagerar, caramba!
20 Jan 2005
18 Jan 2005
Prémio "Nem mais"
"O domingo liberal teria certamente sido precedido por uma madrugada de sexta-feira libertária e por um sábado situacionista, e a ele teria forçosamente que se suceder uma segunda-feira trabalhista, uma terça-feira revisionista, uma quarta-feira reformista, mais a quinta-feira progressista e a sexta-feira reviralhista."
Rui Tavares, no Barnabé.
16 Jan 2005
Sabes que estás constipado quando...
uma morcela e um queijo fresco têm precisamente o mesmo sabor.
(77.4)
14 Jan 2005
Taça
Foi realizado o sorteio da Taça de Portugal. Bem vistas as coisas o Sporting teve sorte no adversário que lhe calhou. Embora, verdade seja dita, as equipas mais pequenas por vezes se agigantem em competições deste género.
Direito a não responder
Espaço noticioso matinal da TVI. Em mais uma reportagem de cobertura do julgamento do caso Casa Pia, ouço a jornalista em voz off comentar, em tom jocoso, que apesar de não responder cá fora às perguntas dos jornalistas uma advogada de defesa de um dos arguidos tinha "bombardeado" o arguido Carlos Silvino com questões.
É daquelas coisas que me fascina. Porque é que os jornalistas acreditam que estão empossados do direito de obter, invariavelmente, resposta às perguntas que colocam? E mais, porque é que quando alguém, por qualquer razão, decide não responder, é comentado logo de seguida ou em tom galhofeiro ou em tom calunioso, do estilo "pois não falas é porque tens alguma coisa a esconder".
Ou seja, a pergunta é: quando é que a "escola" Moura Guedes se tornou dominante?
(78.4)
13 Jan 2005
Esforço vão
Eu bem tento mas é cada vez mais difícil. Não consigo escapar à presença de José Sócratres nos diversos media. Não consigo escapar à confirmação, metódica, implacável, de que a única razão pela qual Sócrates ganhará as próximas eleições é ser ligeiramente menos mau do que essa criatura irreal que responde pelo nome de Santana Lopes.
(78.8)
11 Jan 2005
Espaço Divulgação
É a cultura, estúpido! de volta!! Amanhã.
«O mais perigoso gang cultural está de regresso ao Jardim de Inverno do Teatro Municipal São Luiz. Ninguém mudou de clube. Ninguém mudou de opção política. Ninguém mudou de sexo. São exactamente os mesmos em campo, só que alguns jogarão em posições diferentes. Uma coisa os une: a vontade de falar do país da maneira em que o país está. Ou seja: de uma forma alegremente anárquica. Ah, e falar de cultura, claro. Desta vez é o Ricardo Araújo Pereira quem apresenta e, como sempre, faz o stand-up final. A Anabela Mota Ribeiro lança a discussão. O Daniel Oliveira, o João Miguel Tavares, o José Mário Silva, o Nuno Costa Santos e o Pedro Mexia fingem que têm uma agenda cultural interessante e vão também falar do que não andam a ler. A coordenação é de Nuno Artur Silva/Produções Fictícias. O tema desta primeira edição é o grande combate e/ou dialéctica "Cultura Popular vs Cultura Elitista". O nosso convidado especial é o ensaísta e programador António Pinto Ribeiro, a propósito do seu recente livro "Abrigos – Condições das Cidades e Energia da Cultura". O resto é convosco. No dia 12 de Janeiro, às 18h30.»
Da dificuldade do carpe diem
(Ou post de elogio à vidinha, Ou ainda Conservadorismo 101)
Eu, que pouco sei de latim, vi, no entanto, o Clube dos Poetas Mortos. Ainda por cima numa idade muito impressionável (o que, sendo sincero, no meu caso, não destingue nenhum período específico já que, felizmente, mantenho até hoje intacta a minha impressionabilidade).
De qualquer forma dei por mim a pensar no carpe diem e no "sugar o tutano da vida" e em todas aquelas frases que nos "mandam" viver cada dia como se fosse o último. Ora, os lemas deste género criam uma óbvia insatisfação (bonito português...) por gerarem expectativas que, de todo em todo, não são concretizáveis (só conheço um exemplo de uma pessoa que aplica à séria estas máximas e tenho sérias dúvidas de que seja feliz). Mais, tenho a convicção de que é necessária a modorra, a rotina, a segurança para sermos felizes. E sim, isto da vidinha (a vida pequenina das máquinas de lavar roupa e dos cortinados que estão sujos e da reunião com o cliente que é um chato do caraças ainda por cima ignorante mas o que é que eu fiz para merecer isto) dá um trabalho impressionante. E ocupa. Física. Mentalmente. Muito.
E ainda bem, porque cada vez mais, sinto que é a base. A partir da qual me posso atirar, então, ao tal "tutano".
Eu, que pouco sei de latim, vi, no entanto, o Clube dos Poetas Mortos. Ainda por cima numa idade muito impressionável (o que, sendo sincero, no meu caso, não destingue nenhum período específico já que, felizmente, mantenho até hoje intacta a minha impressionabilidade).
De qualquer forma dei por mim a pensar no carpe diem e no "sugar o tutano da vida" e em todas aquelas frases que nos "mandam" viver cada dia como se fosse o último. Ora, os lemas deste género criam uma óbvia insatisfação (bonito português...) por gerarem expectativas que, de todo em todo, não são concretizáveis (só conheço um exemplo de uma pessoa que aplica à séria estas máximas e tenho sérias dúvidas de que seja feliz). Mais, tenho a convicção de que é necessária a modorra, a rotina, a segurança para sermos felizes. E sim, isto da vidinha (a vida pequenina das máquinas de lavar roupa e dos cortinados que estão sujos e da reunião com o cliente que é um chato do caraças ainda por cima ignorante mas o que é que eu fiz para merecer isto) dá um trabalho impressionante. E ocupa. Física. Mentalmente. Muito.
E ainda bem, porque cada vez mais, sinto que é a base. A partir da qual me posso atirar, então, ao tal "tutano".
10 Jan 2005
9 Jan 2005
8 Jan 2005
7 Jan 2005
Parem as máquinas!
Pela primeira vez concordo com Luís Delgado: Santana tem algo em comum com Bush. Vão lá ler, é quase tão bom como um sketch do Gato Fedorento.
Constâncio ao DN
«Chegou a hora da verdade para reduzir o défice». O País tem um prazo de três anos para colocar o saldo entre as despesas e receitas estatais «claramente» abaixo dos 3,0% do PIB, sem ajuda dos milhões de euros em receitas extraordinárias.
(...)
Sem as medidas extraordinárias, «o défice orçamental anual de 2003 a 2005 situar-se-ia em torno dos 5,0% do PIB», afirma Vítor Constâncio. «É estranho», afirma, «que se possa pensar que seria possível continuar a encontrar todos os anos receitas extraordinárias no montante de mais de 2,0% do PIB». Qualquer coisa como três mil milhões de euros, o equivalente ao custo de duas pontes Vasco da Gama.
Deixem-me reforçar. É estranho que se possa pensar que é normal a existência de défices. Os políticos (e os economistas, se calhar, com uma responsabilidade especial) têm de perceber e explicar que podem (e devem) existir défices em momentos de maior dificuldade económica. Mas estes têm, necessariamente, de ser compensados com superávits em anos de crescimento económico.
6 Jan 2005
Freud deve explicar, com certeza
Já não me restam dúvidas. Santana Lopes é um caso clínico de psiquiatria. É a única explicação possível.
5 Jan 2005
Com Santana é assim, cada tiro cada melro
Nuno da Câmara Pereira, o homem que queria levar à Europa as "touradas" e o "espírito marialva", arrisca-se a ser eleito deputado nas listas do PPD/PSD. Caberá agora ao povo português evitar essa tragédia.
Ontem foi um bom dia para o PPD/PSD
Pior do que convidar a Margarida Rebelo Pinto para ser deputada só mesmo ver esse convite ser recusado.
4 Jan 2005
Zap!
Ontem, num momento de zaping, passo pelo programa "O Dia Seguinte", na SIC Notícias. Ouço Fernando Seara, galhofeiro, comentar que, se calhar, tinha havido uma tsunami em Pampilhosa da Serra para justificar que aquele clube tivesse aceite antecipar o jogo da Taça.
É só misturar a grunhice que acompanha sempre o futebol com a tendência nacional para a graçola estúpida e Zap! Merda instantânea.
3 Jan 2005
Avestruz
No meio das imagens, repetidas à naúsea, dos efeitos da tsunami, vejo a publicidade a uma reportagem especial que será emitida num dos canais de televisão. Pelo que percebo a reportagem versa os abusos que as crianças sofrem à mão de outras crianças nos recreios das escolas. Fala-se, em tom grave e apocalíptico do "que acontece ao seu filho quando você não está a ver" e dos "abusos" a que as crianças são sujeitas.
As notícias que nos dão hoje são assim. O Jornal do Crime em vestes vagamente mais apresentáveis. Manipulação, pura e dura, do medo, da insegurança e desconfiança que, se não sentimos, passamos a sentir. Esta reportagem, que aqui uso como exemplo, até poderá ser um óptimo trabalho jornalístico feito com carradas de bom-senso. E acredito que o estilo de publicidade que lhe está a ser feito lhe traga audiência. A mim afasta-me. Prefiro correr o risco de enfiar a cabeça na areia. Antes avestruz que paranóico.
Descrição exacta e pormenorizada...
... de como, por vezes, me sinto aqui, no Serras. Preocupadíssimo com os garfos que caem no chão.
2005
The movie will begin in five moments
The mindless voice announced
All those unseated will await the next show.
We filed slowly, languidly into the hall
The auditorium was vast and silent
As we seated and were darkened, the voice continued.
The program for this evening is not new
You've seen this entertainment through and through
You've seen your birth your life and death
you might recall all of the rest
Did you have a good world when you died?
Enough to base a movie on?
Movie, Jim Morrisson, 1978
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