Quando os "técnicos" do BCE, UE, FMI, whatever, chegarem a Portugal são capazes de ter uma surpresa desagradável. Excluindo uma saída do Estado de sectores vitais como a saúde e educação (que estão fora de discussão, como para mim é óbvio), o atingir de uma redução significativa da despesa do Estado só se fará através de despedimentos na função pública, cortando gorduras acumuladas ao longo de décadas. O mito dos consumos intermédios desfaz-se rapidamente quando consideramos o seu reduzido peso na despesa pública total.
O preço a pagar será, claro, um aumento significativo da taxa de desemprego - nos próximos anos parece difícil que o sector privado tenha grande capacidade de contratar. Como é que isto se faz em democracia, é uma coisa que ainda ninguém me conseguiu explicar convenientemente.
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