30 Dec 2005

Para 2006

«Só nos resta recusar, não ser como aqueles que, à medida que a intensidade da sua imaginação juvenil vai decaindo, se acomodam à realidade e se angustiam para o resto da vida. Só nos resta procurar ser dos mais obstinados, manter a fé na imaginação durante mais tempo que os outros.»

[Enrique Vila-Matas, Paris Nunca se Acaba, 2003]

Finanças

Tão elogiada por estes dias e tem a profundidade de um charco. Nas Finanças, como área de estudo, não se mergulha. Na melhor das hipóteses chapinha-se.

26 Dec 2005

21 Dec 2005

Hoje começa o Inverno

Se bem que tenho dúvidas que para os alfacinhas, como eu, o conceito exista.

Soares vs Cavaco

Não vi. Continuo a não conseguir gostar da RTP Memória.

Faixas infelizes

O Sporting deseja a todos um Natal verde, podia ler-se ontem numa faixa colocada na bancada central do Estádio José Alvalade. Verde de raiva? Verde de intoxicação alimentar? Verde de ver (normalmente, ontem era Natal, logo foi uma excepção) a equipa jogar assim?

Cuecas

Ontem pensei sinceramente em ir de cuecas assistir ao Sporting-Rio Ave. Para ver se sofria mais com o frio do que com a exibição da minha equipa.

20 Dec 2005

Detalhes

Estou para aqui a tentar lembrar-me... Ontem Cavaco discursava num qualquer telejornal das 8 e mandou uma daquelas calinadas na língua portuguesa... Tão má que nem me consigo lembrar, sei que tinha alguma coisa a ver com um verbo mal conjugado. Mas claro, isso são coisas sem importância. E neste momento grave para o país não podemos perder tempo com detalhes.

Escolhas

Tácitas, declaradas, conscientes ou nem por isso. O que sabemos das nossas escolhas? Quão conscientes estamos delas?

18 Dec 2005

Mea culpa

Não creio que o mundo esteja errado. Já sobre o modo como eu o entendo, tenho poucas dúvidas.

15 Dec 2005

Read my lips

«Passados cinco anos os resultados são claros: a estação tem uma informação credível, séria, isenta e líder de audiências.»

Manuela Moura Guedes, em declarações ao Público (sem link), fazendo um balanço depois de anunciar a despedida de pivot do abjecto Jornal da Noite.

"Mas tu trabalhas em quê?"

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The Economist.

14 Dec 2005

80's outra vez

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Tudo nesta época contribui para a desculpabilização. O Pai Natal com a sua barriguinha, o frio lá fora que exige o chocolate quente, as festas/jantares com n comidas e doces carregadinhos de colesterol. Um descalabro, portanto.

No post anterior falava da importância do número 80. Mas não sabia que o ia ver hoje na balança.

12 Dec 2005

80's

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Este sentimento de estar tudo resolvido não é novo nas presidenciais, que tipicamente alternam grandes batalhas com a mera confirmação do 2º mandato. Que Cavaco seja o que nos resta aceitar diz tudo sobre nós. Ainda mais do que a alternativa ser um Mário Soares não fora de prazo, que isso da idade me diz pouco, mas repetido de há mais de 10 anos atrás. O que, pensando bem, também Cavaco representa. 80 é o número destas eleições. Não por causa da idade mas por causa da década.

11 Dec 2005

Sobre a Ciência Económica

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Temos uma fraca capacidade para entender sistemas complexos como a vida. Daí, é natural que tendamos a simplificar, modelizando e assumindo hipóteses. Mas também escusávamos de abusar.

9 Dec 2005

Rico

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Bastava ter uma moeda por cada asneira que disse hoje em Alvalade.

7 Dec 2005

Quase rico

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Bastava ter uma moeda por cada vez que ouvi a frase: sabes, tu no fundo és um gajo de direita.

Iliteracia

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Colombo, ontem à noite, numa das inúmeras lojas de fast food. Peço 3 cafés. O preço é €0,60 por café, €1,80 no total. Pago com €2,00. A jovem que me está a atender franze o sobrolho. Agarra na máquina de calcular. Pensa durante uns instantes, carrega em algumas teclas, e depois olha longamente, com um ar incrédulo, para o resultado no visor: 0,2.

Acabo com o impasse: "20 cêntimos. Tem de me dar 20 cêntimos". Felizmente decidiu acreditar em mim.

5 Dec 2005

O par

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[Moser, Le Marcheur, 1914-1915]
[Klimt, Portrait de Mada Primavesi, 1912]

Bilhetes de entrada da exposição Vienne 1900, no Grand Palais em Paris.

3 Dec 2005

Paris nunca se acaba

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«Por outro lado, creio que me assiste o direito de me ver de maneira diferente de como os outros me vêem, ver-me como me dá na gana ver-me e não que me obriguem a ser essa pessoa que os outros decidiram que sou. Somos como os outros nos vêem, de acordo. Mas eu recuso-me a aceitar semelhante injustiça.»

[Enrique Vila-Matas, Paris Nunca se Acaba, 2003]