30 Jan 2006

A neve, as caudas e o charco

Na minha área de trabalho (gestão de activos) trabalha-se com cenários e distribuições probabilísticas. Ou, num tom mais sincero, com palpites supostamente (bem) informados. Nas distribuições que usamos, as observações nas caudas são sistematicamente ignoradas por representarem eventos cuja probabilidade de ocorrência é demasiado baixa e, como tal, negligenciável.

Quer isto dizer que o que aconteceu na tarde de Domingo em Lisboa, nevando pela única vez nos últimos 40 anos, foi um acontecimento que, a ocorrer nos mercados financeiros, quase aposto que teria levado algumas casas financeiras de renome ao charco.