6 Sept 2013

Cantando e rindo de quê?



Encontrei no twitter este gráfico, na conta do jornalista financeiro italiano @fgoria (uma conta obrigatoria para quem se interessa por mercados e Europa). A contínua redução dos indicadores de risco sistémico na zona euro tem-se sentido desde 2012, primeiro com as LTRO e depois, de forma mais pronunciada, com o discurso do faremos o que for necessário e subsequente criação das OMT (que, até hoje, nunca foram activadas). Sei bem que tenho tendência a ser Cassandra neste tema, mas a calma que vou vendo por aí perturba-me cada vez mais. Nenhum dos problemas estruturais da zona euro está resolvido e os sucessivos paliativos concedido à Grécia e a Portugal, não contribuem em nada (pelo contrário, pioram) a sustentabilidade da dívida pública. 

Ontem, na conferência de imprensa do BCE, Draghi foi claro ao afirmar que a instituição a que preside não podia monetarizar défices nem participar em qualquer perdão oficial de dívida pública. Falha minha, certamente, mas não consigo entender como vamos sair disto sem estas duas opções e, logo, a razão de toda esta calma, face ao problema europeu, que vou vendo por aí. 

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